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Portugal e Israel: Pequenos Mercados, Grandes Ambições Drag

Portugal e Israel podem estar a mundos de distância geograficamente, mas quando se trata de startups, enfrentam a mesma realidade: pequenos mercados domésticos que obrigam os fundadores a pensar globalmente desde o primeiro dia. “Por que a inovação deveria ficar restrita a um mercado pequeno?” questiona o Professor João Gabriel Silva, presidente do Instituto Pedro Nunes (IPN).

Os dois países já partilham laços profundos, desde o apoio silencioso de Portugal durante a Guerra do Yom Kipur até um Memorando de Entendimento em ciência e tecnologia em 2014. Hoje, a relação está a prosperar na tecnologia: o ecossistema de Portugal explodiu para mais de 4.700 startups, gerando 2.6 mil milhões de euros em receita, 58% provenientes de exportações. Com unicórnios como a Feedzai, Talkdesk e OutSystems, além de 90.000 engenheiros a graduar anualmente, o país está rapidamente a tornar-se a estrela em ascensão da Europa.

Israel, por sua vez, traz talento, velocidade e resiliência—qualidades que Portugal está ansioso por aproveitar. A CoimbraTech, um acelerador na cidade universitária de Coimbra, está na vanguarda, atraindo startups israelitas como a Filo Systems com benefícios fiscais, espaço de escritório gratuito e acesso ao mercado da UE.

À medida que Israel procura laços mais fortes na Europa, e Portugal busca escalar a sua tecnologia globalmente, as suas forças complementares podem tornar esta parceria uma das jogadas mais estratégicas nos próximos anos.