Um grupo de investidores portugueses apresentou uma proposta para adquirir a fábrica da Tupperware em Montalvo, Constância, com o objetivo de salvar 200 postos de trabalho. A oferta, apresentada à empresa norte-americana a 26 de dezembro, ainda não recebeu resposta. Entretanto, a fábrica está prevista para fechar na quarta-feira, deixando os trabalhadores em limbo.
Apesar do fecho anunciado, os funcionários foram convidados a vir trabalhar "preparados", alimentando especulações sobre potenciais desenvolvimentos. Apenas as máquinas de produção de garrafas continuam a funcionar, com a maioria dos trabalhadores reassignados para o cumprimento de pedidos para atender às obrigações contratuais.
Numa reunião a 19 de dezembro, o diretor da fábrica revelou limitações financeiras que impedem o pagamento de indemnizações, mas mencionou esforços para vender equipamentos para cobrir os custos. Um trabalhador observou que a fábrica tem 36 máquinas de injeção, potenciais ativos valiosos em qualquer venda.
Enquanto a incerteza prevalece, o Presidente da Câmara de Constância, Sérgio Oliveira, permanece em contato com o Ministério da Economia e representantes da fábrica, expressando esperança por uma resolução que preserve as operações.
Complicando a situação está uma reorganização por parte dos credores nos Estados Unidos, dividindo a Tupperware em duas entidades. As operações europeias são agora geridas pela "New Tupperware", que encerrou fábricas em Portugal e na Bélgica, mas pode ainda estar aberta a contratar produção de Montalvo.
Com figuras políticas como João Oliveira do PCP a expressar apoio aos trabalhadores, os próximos dias são vistos como críticos para determinar o destino da fábrica.