Portugal está realmente a pensar na sua soberania digital, uma vez que depende cada vez mais de grandes empresas tecnológicas globais. Um estudo da Art Resilia analisou a independência tecnológica do país, o controlo sobre instalaçōes importantes e a sua capacidade de recuperação perante problemas cibernéticos. Os resultados? É uma situação mista.
Apenas 5% da tecnologia que gere as coisas digitais portuguesas está realmente localizada em Portugal. Isso significa que a maior parte dos dados do país está sujeita a outras leis. As configurações de email estão melhores, com mais de metade a serem locais. Além disso, o uso de ferramentas de código aberto indica que o país é bastante independente na criação de software.
Instalações importantes, como provedores de internet e centros de dados, são maioritariamente controladas por Portugal ou pela UE, o que ajuda a manter a robustez. No entanto, a cibersegurança não é ótima. Um terço dos grupos analisados apresentaram problemas de segurança, poucos usam DMARC, DNSSEC é praticamente não utilizado e a dependência de CDNs baseadas nos EUA levanta preocupações sobre a soberania.
Assim, Portugal precisa de um plano para tornar as suas operações digitais mais independentes sem se fechar ao mundo. Este plano deve proteger os dados, as infraestruturas e a tecnologia, enquanto se mantém fiel às suas próprias leis e valores.