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O Novo Diamante no M&A Português: O que há para a Tecnologia?

A Inteligência Artificial é a força motriz por trás de um aumento nas fusões e aquisições (M&A) no setor tecnológico de Portugal, uma tendência que deverá continuar até 2025. As empresas procuram diversificar portfólios, expandir bases de clientes, entrar em novos mercados e adquirir talento.

O ano começou com grandes negócios, como a aquisição da Claranet Portugal pela NOS da sua matriz inglesa por 152 milhões de euros, uma transação que promete abalar as classificações de M&A. Em 2023, o setor de TI de Portugal registou 70 transações—segundo apenas ao imobiliário—apesar de uma queda de 18% em relação ao ano anterior, em linha com as tendências mais amplas de M&A.

A IA está a remodelar a dinâmica do M&A. Um inquérito da Bain revelou que 21% dos profissionais já utilizam IA generativa na realização de negócios, um número que deverá aumentar para 33% até ao final do ano. Nos próximos cinco anos, a IA poderá optimizar todas as etapas do M&A, desde a origem dos negócios até à integração.

A atividade de M&A é impulsionada pela diversificação de portfólios, expansão internacional e eficiência de custos. Segundo Paulo Morgado, ex-VP da Capgemini e agora parceiro na Antas Cunha, as empresas tecnológicas adquirem empresas de IA e cibersegurança para acelerar a inovação enquanto cortam custos estruturais.

O capital de risco e o capital de investimento privado também são jogadores-chave. A indústria tecnológica de Portugal viu 122 rondas de capital de risco em 2024, totalizando 886 milhões de euros—um aumento de 55% em relação a 2023. Entretanto, as transações de capital de investimento privado chegaram a 3,5 mil milhões de euros, um aumento de 56%.

Negócios notáveis incluem a aquisição de 320 milhões de euros da Vision-Box pela Amadeus, líder em controlo biométrico de fronteiras. José Melo Guimarães da PwC enfatiza a importância de uma preparação minuciosa para evitar ajustes de avaliação e colapsos de negociações.

Com um forte interesse de investidores e a reputação de Portugal por talento qualificado, custos competitivos e inovação, o país continua a ser um centro atrativo para M&A tecnológico.