Três jovens—Diogo C., Tiago A. e João M.—transformaram a hacktivismo online numa operação criminosa lucrativa após se encontrarem em comunidades de jogadores antes da pandemia. Com idades entre 17 e 18 anos na altura, compraram credenciais de acesso roubadas e dados pessoais na dark web, que usaram para falsificar receitas médicas, certificados de óbito e até documentos de transporte de corpos.
O grupo também lançou campanhas de spam em larga escala, fingindo ser empresas como EDP e CTT para enganar vítimas a pagar faturas falsas. Acessaram a plataforma de Segurança Social de Portugal, roubaram de contas MB Way e PayPal, e mantiveram arquivos detalhados sobre centenas de titulares de cartões de crédito.
De acordo com os procuradores, enfrentam dezenas de acusações, incluindo acesso não autorizado agravado, falsificação informática e fraude qualificada. O trio coordenou-se através de um grupo Discord, onde partilhavam ferramentas, dicas e credenciais—pagas com criptomoedas. Diogo especializou-se em filtrar logins vazados, Tiago acumulou dados bancários, e João compilou um conjunto de cartões roubados.