Num movimento forte para se adaptar à cena mediática em mudança, o Público apresentou um excesso deliberado como parte da sua estratégia de reestruturação mais ampla. A atividade, confirmada pela presidente Cristina Soares, reflete o compromisso do jornal em abraçar o desenvolvimento digital, garantindo ao mesmo tempo a sustentabilidade a longo prazo.
“Para se manter relevante numa indústria em rápida evolução, o Público deve fortalecer o seu núcleo digital, refinar competências e promover a colaboração interdisciplinar”, expressou Soares. Ela sublinhou que estes passos são fundamentais para corresponder às tendências em mudança dos leitores e manter a posição da publicação no mercado.
Apesar de os pormenores sobre o número de cortes permanecerem não divulgados, Soares assegurou que a versão impressa continuará, complementando o crescente investimento do Público nas plataformas digitais.
Esta reestruturação segue um estudo detalhado de uma equipa do Financial Times, que forneceu recomendações estratégicas para o desenvolvimento do jornal. Enfrentando desafios financeiros, o Público encerrou 2023 com 4,48 milhões de euros em perdas, mais do dobro do déficit de 2022, enquanto gerou 16 milhões de euros em receitas contra passivos de 7,75 milhões de euros. O plano visa estabilizar as operações e assegurar o futuro do Público numa indústria competitiva.