Setenta investidores processam a subsidiária portuguesa do Deutsche Bank, alegando que perderam cerca de 80% das suas especulações em produtos monetários ligados à anterior Portugal Telecom (PT). O caso está a ser ouvido no Tribunal Civil Central de Lisboa, com as partes ofendidas a procurarem uma indemnização total de 5,7 milhões de euros.
O investimento em questão, PT2020 Notes, foi emitido pelo Deutsche Bank em 2013 e estava subordinado à obrigação da Portugal Telecom International Finance. No entanto, após a fusão da PT com a empresa brasileira Oi e o colapso do Grupo Espírito Santo em 2014, o valor destes títulos desvalorizou-se. Vários especuladores afirmam que não foram suficientemente informados sobre os riscos envolvidos, especialmente a exposição às mudanças na estrutura da PT e à insolvência da Oi.
Os investidores, a maioria dos quais sem experiência financeira significativa, alegam que o Deutsche Bank beneficiou demasiado à custa deles, com perdas que somam 200.000 euros por pessoa. O banco nega as alegações, afirmando que os investidores estavam cientes dos riscos, e atribui as perdas a fatores externos como a gestão da Oi e a volatilidade do mercado.
A audiência final do julgamento está marcada para 2 de abril, e o Deutsche Bank tem tentado restringir o acesso público aos processos.
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