Virginia Dignum, professora de IA na Universidade de Umeå, acredita que o desenvolvimento de grandes modelos de linguagem (LLMs) em línguas específicas, como o português, permite que os sistemas de IA reflitam o contexto cultural. Dignum, parte do Alto Painel da ONU sobre IA, enfatiza que um LLM português preservará a identidade cultural do país, ao contrário de modelos como o ChatGPT da OpenAI, que se baseiam principalmente em dados em inglês.
O LLM português, chamado Amália, fará a sua estreia no primeiro trimestre de 2025, com uma versão final prevista para 2026. Paulo Dimas, CEO do Centro de IA Responsável, destaca que as principais características da Amália são a precisão linguística, a representação cultural e a proteção de dados.
Este projeto é vital para preservar a língua portuguesa na IA e garantir o controlo sobre as aplicações desenvolvidas na língua. A iniciativa conta com o apoio de centros de investigação como a Nova FCT e o Instituto Superior Técnico.