Uma operação de busca em larga escala, incluindo 250 inspetores da Polícia Judiciária (PJ), está em andamento em Lisboa, Porto e Braga, centrando-se em dúvidas de colaboração na obtenção pública, particularmente na compra de equipamento de TI avaliado em 17 milhões de euros. A operação, chamada Pactum, tem 75 mandados de busca e visa diversas entidades, incluindo o Banco de Portugal e a secretaria geral do Ministério da Justiça.
A operação está a ser liderada pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) e envolve o Ministério Público Europeu. A PJ esclareceu que as buscas se centram em representantes do setor público e entidades privadas, não em decisores políticos.
A investigação está centrada num grupo de indivíduos suspeitos de manipular métodos de contratação pública e privada ao longo de vários anos, entre 2017 e 2025. As alegações incluem várias acusações criminais, como corrupção, fraude, branqueamento de capitais e abuso de poder. Estas atividades supostamente incluíram a aquisição de serviços de TI por entidades públicas e privadas.
O Banco de Portugal confirmou que as suas instalações foram alvos da operação da PJ, mas manifestou total colaboração com a investigação. As operações de busca também focam nas sedes das empresas, escritórios de contabilidade, residências e outros serviços do estado.
Esta investigação é uma das mais importantes operações legais em Portugal, com as autoridades a visarem uma vasta rede de entidades suspeitas de abusar dos métodos de contratação para ganho ilícito.