A IBM está a fazer manchetes com uma nova política controversa que não obriga os funcionários a voltar aos escritórios corporativos, mas que ainda limita significativamente o trabalho remoto. Em vez do típico mandato de “retorno ao escritório”, o gigante da tecnologia está a implementar uma iniciativa de “retorno ao cliente”, de acordo com um memorando noticiado pelo The Register.
Sob a nova política, os funcionários de vendas dos EUA devem agora passar pelo menos três dias por semana nas instalações dos clientes—seja nos escritórios dos clientes ou em centros de vendas designados. Esta medida afeta aqueles ligados à IBM’s US Enterprise, Horizon, e locais de clientes estratégicos.
Pontos Chave:
- Funcionários a mais de 50 milhas do seu escritório designado devem esperar realocar-se, com a IBM a oferecer apoio à realocação.
- O pessoal de vendas digitais atualmente em Dallas será transferido para Austin até 2026.
- Esta iniciativa não se aplica a trabalhadores que atendem o Canadá, América Latina, mercados federais, ou a algumas outras unidades específicas.
- A IBM também informou recentemente os funcionários de cloud dos EUA para se reportarem a locais “estratégicos” três dias por semana, com prazos de 1 de julho para cumprir e 1 de outubro para realocações.
A medida gerou críticas, com alguns funcionários a considerá-la uma estratégia de despedimento disfarçada, afetando desproporcionalmente trabalhadores mais velhos ou com mais tempo de serviço que podem estar menos dispostos a mudar-se. Isso ocorre em meio a relatos de que a IBM planeia despedir 9.000 funcionários nos EUA em 2025 enquanto expande as contratações na Índia.
Uma tendência mais ampla está também a trabalhar contra a abordagem da IBM. Um recente inquérito da Atlas Van Lines descobriu que 58% das empresas enfrentaram funcionários a recusarem ofertas de relocação, citando obrigações familiares, preocupações com habitação e dificuldades em vender as suas casas atuais.
A mudança da IBM reflete uma crescente tensão corporativa: como equilibrar a flexibilidade pós-pandêmica com as exigências de envolvimento presencial. Se o “retorno ao cliente” se provar mais bem-sucedido—ou mais disruptivo—do que os mandatos tradicionais de escritório, permanece por ver.