Em outubro de 2024, a DAT-Schaub, uma empresa dinamarquesa de nutrição, concluiu o encerramento de sua fábrica em Arcozelo, Vila Nova de Gaia, resultando na dispensa de 125 trabalhadores, com uma parte significativa sendo mulheres. Mais 25 trabalhadores optaram por despedimentos amicáveis, aumentando ainda mais o impacto sobre a força de trabalho local.
Este encerramento faz parte de uma tendência mais ampla de cortes em massa que aumentaram para a taxa mais alta desde a pandemia, com 2024 a prever ver entre 8.000 e 9.000 pessoas despedidas através de despedimentos coletivos. Isso marca um aumento dramático de 82% em comparação com os números de 2023, e pode ultrapassar os 7.513 despedimentos durante o ano da pandemia de 2020.
Principais Conclusões:
- Os setores de fabricação e comércio são os mais afetados, com a fabricação representando 27% e o comércio contribuindo com 23% dos despedimentos totais.
- As mulheres continuam a ser as principais vítimas dos despedimentos, representando consistentemente mais de 50% dos afetados por despedimentos coletivos.
- A região de Lisboa e Vale do Tejo lidera com os maiores despedimentos, enquanto a região norte também reporta um número significativo de trabalhadores afetados.
Apesar da forte reputação da economia portuguesa, a atual fragilidade económica está a gerar preocupações. Especialistas alertam que a situação provavelmente irá agravar-se à medida que as indústrias lutem para se adaptar à retração económica global e às crescentes pressões sobre os negócios.