Carlos Tavares, o executivo português que liderou a Stellantis, vai receber mais de 60 milhões de euros após a sua saída da empresa. Esta soma inclui salários, bónus e compensações, conforme divulgado pelo fabricante de automóveis.
Tavares, que deixou a Stellantis no final do ano passado entre tensões com os acionistas, manteve-se como um dos executivos mais bem pagos da indústria automóvel em 2024, ganhando um total de 23,08 milhões de euros. Embora este montante seja substancial, representa uma diminuição em relação aos 36,4 milhões de euros que ganhou em 2023, um ano em que o grupo teve um bom desempenho antes de enfrentar dificuldades em 2024.
Como CEO, o salário fixo de Tavares manteve-se em 2 milhões de euros. Ele não recebeu um bónus a curto prazo (uma redução em relação aos 5,7 milhões de euros de 2023), mas foi premiado com um bónus a longo prazo de 20,5 milhões de euros e uma contribuição de 500.000 euros para o seu plano de pensões.
O relatório anual da Stellantis revela os termos do acordo de rescisão do contrato de Tavares, que inclui 2 milhões de euros em indemnização (de acordo com a lei holandesa) e mais 10 milhões de euros por cumprir um dos seus objetivos executivos.
Além disso, Tavares vai receber 800.000 ações da Stellantis como um incentivo de remuneração aos acionistas e 1,27 milhões de ações adicionais como parte de um programa de incentivos a longo prazo. Estes pacotes de ações estão avaliados em mais de 25 milhões de euros com base nos preços atuais.
No total, o ex-CEO da Stellantis será compensado com 60,2 milhões de euros ao deixar a empresa.
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