O setor bancário de Portugal está a diminuir a sua presença física. Até ao final de 2024, o número de agências bancárias caiu para 4,502, o nível mais baixo desde 1994, de acordo com o Banco de Portugal. No ano passado, foram fechadas 36 agências, marcando o 14º ano consecutivo de reduções. Desde o pico de 2010 de mais de 8,100 agências, mais de 3,600 foram encerradas.
Os fechamentos refletem uma mudança mais ampla: reestruturação pós-crise, aumento de perdas com empréstimos, colapsos de instituições importantes como o BES (2014) e o Banif (2015), e a rápida digitalização do setor bancário. Os clientes cada vez mais preferem serviços online, reduzindo a necessidade de locais físicos.
A rede nacional está agora reduzida a 3,284 agências, um nível não visto desde 1993. No entanto, no estrangeiro, há uma ligeira reversão: os bancos abriram sete novas agências, aumentando o total para 1,218 locais internacionais.
Continuação dos Cortes de Pessoal—Mas Estabilização Aparece
A redução contínua da rede coincide com cortes profundos no pessoal. De mais de 80,000 funcionários em 2011, os bancos cortaram mais de 20,000 empregos, incluindo 12,000 em Portugal. Dito isto, os últimos três anos mostraram um crescimento modesto, com 759 novas contratações em 2024, atingindo um total de 59,846 trabalhadores.
Este aumento deve-se principalmente ao BNP Paribas, que possui mais de 8,700 funcionários em Lisboa e Porto. O grupo francês tem crescido rapidamente em Portugal, fornecendo serviços globais a entidades dentro da sua rede internacional.
Apesar de alguns bancos regionais enfatizarem a proximidade com o cliente, a maioria dos grupos bancários continua a fechar agências, mantendo uma tendência de longo prazo em direção a operações mais ágeis e digitais.