O uso crescente da inteligência artificial (IA) está a mostrar um grande risco: a tecnologia pode por vezes criar informações falsas ou inventadas, chamadas alucinações, e estas podem ter consequências reais.
Exemplos recentes mostram que estão a ocorrer problemas legais e financeiros em todo o mundo.
Na Austrália, a Deloitte teve de reembolsar parcialmente ao governo 440.000 AUD após um relatório ter vários erros feitos por IA.
Esses erros incluíam citações erradas de casos judiciais e referências a artigos acadêmicos que não existiam. O relatório foi revisto para mencionar que foi utilizada a Azure OpenAI, mas a análise principal manteve-se a mesma.
Em outros países, também houve casos famosos.
Na Alemanha, uma revista publicou uma entrevista falsa com Michael Schumacher que foi criada por IA. A família Schumacher recebeu €200.000 em indemnização, e o editor foi despedido. Anteriormente, um prefeito australiano processou por difamação após o ChatGPT o acusar erroneamente de aceitar subornos. Nos EUA, foram apresentadas ações judiciais contra as ferramentas de IA da Meta e do Google por espalharem informações falsas sobre pessoas.
Estes eventos mostram uma crescente preocupação global: à medida que a IA que cria conteúdos se torna mais comum, os erros podem prejudicar reputações, causar perdas financeiras e danificar a confiança.
Isto levanta questões importantes sobre quem é responsável e quem deve ser responsabilizado pelo conteúdo gerado por IA.
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