As empresas do Reino Unido estão a utilizar cada vez mais um tipo de software chamado “bossware” para vigiar os seus empregados. Um recente inquérito do Chartered Management Institute descobriu que cerca de um terço dos empregadores estão a monitorizar as atividades online dos trabalhadores, como emails e navegação na web, e cerca de 14% verifica o que aparece nos seus ecrãs.
Os gestores afirmam que usam esta tecnologia para proteger os dados da empresa e detetar quedas no desempenho dos trabalhadores, mas muitas pessoas discordam. Quase metade dos gestores entrevistados é contra esta prática, dizendo que quebra a confiança e dá a sensação de estar sempre a ser vigiado. Algumas dessas ferramentas até gravam o que as pessoas digitam, tiram capturas de ecrã ou notam quando alguém não está a trabalhar.
O Gabinete do Comissário de Informação disse às empresas que precisam ser claras sobre qualquer monitorização que realizem e alertou que o rastreamento excessivo pode violar regras de privacidade, especialmente quando os trabalhadores estão em casa. Embora alguns bancos e empresas de consultoria já estejam a experimentar câmaras, digitalizações biométricas ou verificações de quão frequentemente as pessoas estão a trabalhar, cada vez mais pessoas começam a levantar objeções—alguns até dizem que deixariam os empregos se o nível de monitorização piorasse.
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