Susana Ferreira, CEO e CTO do Santander Portugal, enfatiza que a cibersegurança e a garantia da informação são imperativas no contexto dos perigos cibernéticos em desenvolvimento e das necessidades regulatórias. Ela destaca a IA generativa como uma das inovações mais transformadoras e prevê que as moedas digitais poderiam redefinir o papel dos bancos na intermediação financeira.
No Santander Portugal, os clientes digitais já representam 66% da base dinâmica de clientes. Até o final de 2024, a quantidade de clientes digitais terá aumentado em 7%, enquanto os acessos diários cresceram em 15%. As lojas de autoatendimento representam 87% do total, refletindo as eficazes atividades de autoatendimento do banco, e 900.000 clientes estão utilizando pagamentos digitais.
O Santander tem modernizado a sua infraestrutura tecnológica legada, incluindo novas estratégias de desenvolvimento de software e migração para a nuvem. A integração de sistemas legados com plataformas digitais pode ser um desafio que requer garantir segurança, acessibilidade e personalização.
A IA e a automação estão a transformar as operações do Santander, desde chatbots e deteção de fraudes até à automação de processos e ofertas bancárias personalizadas. O banco também está a ajustar a sua tecnologia para cumprir regulamentações como a DORA e os Acordos de Basileia, garantindo sistemas robustos e seguros com monitorização em tempo real.
Olhando para o longo prazo, Ferreira vê a IA generativa, blockchain para moedas digitais e computação quântica como inovações chave com potencial significativo na banca. O maior desafio da cibersegurança é lidar com fraudes digitais e ataques avançados, enquanto os bancos procuram perfis tecnológicos como analistas de segurança, engenheiros de nuvem, especialistas em IA e especialistas em metodologias ágeis.