Enquanto os bancos tradicionais da Europa ainda estão a negociar a criação de uma rede de pagamento instantâneo transfronteiriço—semelhante ao Bizum de Espanha—, a Revolut já está a preparar-se para lançar a sua própria solução pan-europeia até ao final de 2025.
O neobank, que já permite transferências instantâneas gratuitas entre utilizadores da Revolut, tem integrado sistemas de pagamento nacionais como Bizum (Espanha), iDeal (Países Baixos) e Blik (Polónia) na sua aplicação. As próximas integrações incluem Multibanco (Portugal) e Wero (França e Alemanha). O objetivo é permitir que os utilizadores enviem dinheiro de forma fluida por toda a Europa utilizando diferentes sistemas nacionais—sem precisar de um IBAN.
Os bancos tradicionais, entretanto, planeiam lançar uma solução unificada até 2026. A Iniciativa de Pagamentos Europeia (EPI) e EuroPA—duas grandes alianças bancárias—recentemente concordaram em interconectar as suas plataformas, com o Wero da EPI já em funcionamento na França e na Alemanha. Os bancos espanhóis, que tinham deixado a EPI para se concentrar no Bizum, estão agora também a trabalhar na interconectividade com Portugal e Itália.
Enquanto os bancos visam afirmar autonomia estratégica e reduzir a dependência da Visa e da Mastercard, a Revolut mantém laços com ambas e afirma que a sua decisão é totalmente impulsionada pela demanda dos utilizadores.
Se tiver sucesso, a Revolut pode ultrapassar tanto os bancos quanto a iniciativa do euro digital do Banco Central Europeu, oferecendo pagamentos instantâneos pan-europeus de forma fluida antes de qualquer outra entidade.
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