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Portugal utiliza reembolsos de fundos da UE para financiar a Web Summit até 2028

O Governo Português cobrirá a edição de 2025 da Web Summit utilizando fundos europeus reembolsados, transferindo totalmente o peso financeiro para o IAPMEI e isentando o Turismo de Portugal, que anteriormente dividia a conta 50/50.

Duas ordens recentemente publicadas no Diário da República detalham o mecanismo:

- €780,220 serão usados de reembolsos relacionados com os Sistemas de Incentivo QREN sob o Programa Operacional Temático de Fatores de Competitividade;

- Outro €4,09 milhões virão dos reembolsos do Programa Operacional Regional de Lisboa.

Juntos, estes representam um pagamento de €4,87 milhões para o evento. No entanto, os custos poderão atingir €8 milhões por edição até 2028, com o acordo de acolhimento total de 10 anos (2019–2028) a permitir até €80 milhões em gastos públicos totais, ajustados anualmente pela inflação.

Desde 2018, o compromisso do estado com a Web Summit deveria ser coberto em conjunto pelo Turismo de Portugal e IAPMEI, utilizando reembolsos de fundos da UE quando possível. Daqui para a frente, o IAPMEI irá lidar com o montante total, com preferência por reaproveitar reembolsos da UE ligados a incentivos económicos e de inovação.

A justificativa? Manter a Web Summit em Lisboa é considerado “essencial” para o posicionamento estratégico de longo prazo de Portugal em inovação tecnológica, competitividade e internacionalização. Segundo o Ministro da Economia, Manuel Castro Almeida, também é uma poderosa ferramenta para promover Portugal como um destino tecnológico global e atrair investimentos de alto valor.

📌 Conclusão: Em vez de novos gastos diretos, Portugal está a reutilizar de forma inteligente fundos da UE não gastos de projetos anteriores para manter um dos principais eventos tecnológicos da Europa ancorado em Lisboa — pelo menos até 2028.