O recrutamento ansioso no setor tecnológico em Portugal está a desacelerar novamente. De acordo com o mais recente Experis Tech Ability Viewpoint, as projeções para a criação líquida de empregos no 3º trimestre de 2025 caíram para +19%, muito abaixo da média global de +36%.
Após dois trimestres de recuperação, as empresas de TI portuguesas estão a mostrar mais cautela. Das empresas estudadas, 42% planeiam contratar, 23% esperam cortes e 34% antecipam não ter alterações. A queda de seis pontos percentuais em relação ao trimestre anterior sugere um controlo impulsionado pela incerteza global e pela desaceleração económica, diz Nuno Ferro da Experis Portugal.
Ainda assim, o otimismo não desapareceu. As empresas citam crescimento, novas tecnologias e necessidades de competências crescentes como razões para contratar. Entretanto, aquelas que planeiam reduções apontam para medidas de eficiência e alteração da procura. Globalmente, países como a Noruega (+60%) e os Emirados Árabes Unidos (+55%) lideram em otimismo de recrutamento, enquanto a postura cautelosa de Portugal sublinha seu equilíbrio: investir em talento, mas otimizar cada euro.