A Polícia Judiciária Portuguesa (PJ) lançou uma grande operação anticorrupção, codename “Pactum”, visando um cartel suspeito de empresas de TI acusadas de manipular a contratação pública durante quase uma década. O esquema alegadamente envolveu uma rede de funcionários públicos que vazaram informações confidenciais e manipularam concursos para beneficiar um grupo de empresas tecnológicas.
Mais de 250 inspetores da PJ, 50 peritos forenses e três procuradores realizaram 75 buscas em Lisboa, Porto e Braga. Instituições-chave — incluindo o Banco de Portugal, a Secretaria Geral do Ministério da Justiça, o IRN, a EPAL e o BUPI — estiveram entre as alvos.
As empresas sob investigação, incluindo Link Consulting, Zertive e Zytics, acreditam-se que tenham garantido milhões em contratos através de propostas coordenadas e ajuda interna. Funcionários públicos — apelidados de “moles” — são suspeitos de alterar condições de concurso e compartilhar informações privilegiadas para garantir o sucesso do cartel.
As autoridades estão a investigar uma ampla gama de crimes graves, incluindo corrupção, fraude, abuso de poder e lavagem de dinheiro.