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Operação Pactum: Empresas de TI Suspeitas de Gerir Cartel de Concursos Públicos durante Oito Anos

A Polícia Judicial Portuguesa (PJ) lançou uma grande operação anti-corrução, com o codename “Pactum,” visando um cartel suspeito de empresas de TI acusadas de manipular concursos públicos durante quase uma década. O esquema alegadamente envolveu uma rede de funcionários públicos que vazaram informações confidenciais e manipularam concursos para beneficiar um grupo de empresas tecnológicas.

Mais de 250 inspetores da PJ, 50 peritos forenses e três procuradores realizaram 75 buscas em Lisboa, Porto e Braga. Instituições-chave — incluindo o Banco de Portugal, a Secretaria-Geral do Ministério da Justiça, IRN, EPAL e BUPI — estavam entre as visadas.

As empresas sob investigação, incluindo a Link Consulting, Zertive e Zytics, acreditam-se ter obtido milhões em contratos através de licitações coordenadas e ajuda interna. Funcionários públicos — apelidados de “moles” — são suspeitos de alterar as condições dos concursos e partilhar informações privilegiadas para garantir o sucesso do cartel.

As autoridades estão a investigar uma ampla gama de ofensas graves, incluindo corrupção, fraude, abuso de poder e lavagem de dinheiro.