A recente decisão da Microsoft de encerrar as suas operações no Paquistão após 25 anos não aconteceu da noite para o dia. Segundo Jawwad Rehman, o responsável fundador da empresa no Paquistão, o encerramento já era esperado há muito tempo—e reflete questões estruturais mais profundas.
“Isto é mais do que uma saída corporativa—é um sinal preocupante do ambiente que o nosso país criou,” escreveu Rehman. Ele citou sinais ignorados e uma falha em agir, apontando para uma política de TI fraca, uma adoção deficiente do cloud, fraca aplicação de direitos de propriedade intelectual e baixo investimento em P&D.
Rehman comparou desfavoravelmente o Paquistão a países vizinhos que lançaram estratégias digitais de longo prazo apoiadas por colaboração público-privada e investimento soberano.
O antigo presidente Arif Alvi também qualificou a saída como um “sinal preocupante,” recordando uma visita de Bill Gates em 2022 e as conversas iniciais sobre expansão no Paquistão. Mas, após mudanças políticas, a Microsoft virou-se para o Vietname.
Ainda assim, Rehman vê esperança: “Isto não é um jogo de culpas—é um apelo à ação. Vamos refletir. Depois liderar com os passos certos. Nunca é tarde demais.”