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Logística em Mudança: CEOs da Randstad e CTT sobre Competências, Mudança e o Futuro

A digitalização reformulou a logística, forçando as empresas a repensar tanto os negócios como o talento. Numa conversa sobre Recursos Humanos em Lisboa, Raul Neto (Randstad Portugal) e João Bento (CTT) analisaram a rápida transformação do setor.

Para a CTT, a mudança tem sido dramática: em 2018, o correio trouxe 70% da receita. Hoje, os pacotes e o e-commerce dominam, com mais de 600.000 entregas diárias — 20 vezes acima das previsões. “Tivemos que fazer não apenas melhor, mas de forma diferente,” disse Bento, que liderou a reinvenção da CTT como um jogador de logística de e-commerce.

Mas a transformação não diz respeito apenas à automação e aos dados. É sobre pessoas. Bento destacou a necessidade de requalificação e aperfeiçoamento para manter os trabalhadores relevantes, enquanto Neto salientou o desafio do setor: paga acima do salário médio em Portugal, mas ainda assim luta com a atratividade.

Ambos concordam: a logística precisa de talento, investimento e mudança cultural. E não há fórmula mágica — apenas estratégia, adaptabilidade e pessoas no centro.