Alexandre Fonseca, ex-CEO da Altice Portugal, foi oficialmente nomeado réu na Operação Picoas — uma investigação abrangente sobre alegada corrupção, fraude fiscal e branqueamento de capitais envolvendo o gigante das telecomunicações. Ele confirmou no Facebook que foi ouvido pela Direção Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), afirmando que recebeu bem a oportunidade de esclarecer os factos.
O caso centra-se em suspeitas de irregularidades nas práticas contratuais da Altice, alegadamente orquestradas pelo co-fundador Armando Pereira e pelo seu associado Hernâni Vaz Antunes. As autoridades acreditam que o esquema defraudou o Estado português e a Altice em centenas de milhões de euros, incluindo mais de 100 milhões de euros em impostos. Os investigadores também citam o abuso dos benefícios fiscais da Zona Franca da Madeira e o uso de estruturas offshore.
Fonseca, que liderou a Altice Portugal de 2017 a 2022 e deixou a empresa no início de 2024, disse que era natural que estivesse envolvido na investigação, dada a sua antiga função. Ele enfatizou a sua disposição para cooperar plenamente para ajudar a alcançar uma resolução justa.
Juntamente com Fonseca, outros réus incluem Pereira, Hernâni Vaz Antunes, Jéssica Antunes e Álvaro Gil Loureiro.