Back

Deloitte Angola Enfrenta Questões Sobre a Falta de Liderança Nativa

Apesar de operar em Angola há anos, a alta liderança da Deloitte Angola continua totalmente portuguesa, incluindo o seu presidente, José Barata, e os dirigentes das suas principais divisões de negócios. A ausência notável de nacionais angolanos em funções de parceiro ou executivas tem suscitado escrutínio, especialmente em contraste com as tendências em outros países africanos onde a liderança local é cada vez mais priorizada.

Uma exceção é Nsunda Mpovelo, um angolano que se juntou à Deloitte em 2009 e foi nomeado Associado em Q4 2023 — um marco simbólico. No entanto, esta posição não lhe confere participação nos processos de tomada de decisão estratégica da empresa, deixando o círculo central de liderança inalterado.

A Deloitte foi confrontada com várias questões importantes, mas não respondeu.

Entre elas:

- Porque não há angolanos nativos em funções de liderança ou de parceiro?

- Que mecanismos garantem equidade entre profissionais angolanos e portugueses nas contratações e promoções?

- Como justifica a Deloitte o contínuo desequilíbrio na liderança, especialmente quando outras empresas a nível global estão a avançar para uma representação local mais inclusiva?

O silêncio só acrescenta ao debate sobre equidade, representação e quão verdadeiramente “local” as empresas de consultoria multinacionais são nas regiões onde operam.