Um novo relatório da Compuworks, intitulado Tendências do Futuro da TI 2035, afirma que as empresas portuguesas continuam em alto risco de ciberataques e podem ficar para trás na competição digital.
Apesar de 95% dessas empresas utilizarem algumas ferramentas de segurança, a maioria não tem bons planos para lidar com ataques. Além disso, mais de metade não utilizou sistemas de Zero Trust ou XDR. Ricardo Teixeira, o CEO, diz que a cibersegurança é um grande desafio, especialmente para pequenas e médias empresas.
A IA é outra área importante.
Cerca de 55% das empresas estão a considerar utilizar IA, mas em 2024, apenas 8,6% realmente a usaram em Portugal. Teixeira explica que não se trata apenas de instalar algo como o ChatGPT—é uma grande mudança para o negócio inteiro. As startups estão a mover-se rapidamente nesta área, mas as PME mais antigas são mais lentas a adaptar-se.
O relatório também aponta que a Europa depende fortemente de serviços de cloud baseados nos EUA e de chips fabricados no exterior, o que torna difícil alcançar total independência digital.
No entanto, a localização de Portugal e a rede crescente de centros de dados conferem-lhe uma posição especial. Para o futuro, o relatório prevê que o trabalho híbrido será a principal forma de trabalho até 2035. Os líderes de TI precisarão desenvolver competências em cibersegurança, IA e estratégia empresarial para acompanhar estas mudanças.
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