A Air France-KLM mantém o seu compromisso de privatizar a TAP apesar da crise política em Portugal, embora o CEO Ben Smith tenha enfatizado a importância de "visibilidade rápida" e estabilidade para avançar na compra de uma participação. O grupo aéreo franco-holandês considera qualquer atraso potencial de seis a 12 meses devido à incerteza política como "não material", mas insiste em sinais claros de estabilidade para prosseguir.
Ao lado de concorrentes como a Lufthansa e o grupo IAG (que inclui a Iberia e a British Airways), a Air France-KLM está ativamente a competir pela privatização da TAP. Smith afirmou que, embora os atrasos possam impactar o cronograma, não alterariam significativamente os planos estratégicos do grupo ou o desenvolvimento de rotas.
Durante uma conferência de imprensa, Smith sublinhou que, embora a Air France-KLM espere ganhar maior clareza em breve, a marca, a rede e os empregos da TAP permanecem centrais para o seu interesse na companhia aérea. O grupo está particularmente focado na forte presença da TAP em mercados-chave como a América Latina e na sua força de trabalho qualificada. Ele também destacou a importância das garantias relacionadas à manutenção da marca TAP e da sua força de trabalho, questões que se alinham com as prioridades estratégicas do grupo.
Os comentários de Smith ecoam aqueles feitos durante a recente visita do Presidente francês Macron a Portugal, onde afirmou que a Air France e a TAP poderiam trabalhar juntas de forma inovadora. Apesar do contexto político, o interesse da Air France-KLM permanece forte, com o grupo preparado para avançar uma vez que a estabilidade seja assegurada.