Carlos Tavares renunciou ao cargo de CEO da Stellantis, com efeito imediato, após divergências de opinião com acionistas e a gestão chave. A empresa confirmou sua saída no domingo à noite, afirmando que o processo de encontrar um substituto permanente está em andamento e deverá ser concluído até a primeira metade de 2025.
Enquanto isso, a Stellantis será gerida por um novo comitê executivo liderado pelo presidente John Elkann. A empresa garantiu que suas orientações para 2024 permanecem inalteradas, apesar da mudança na liderança.
A renúncia de Tavares segue um período de crescente tensão dentro da empresa, com "visões diferentes" surgindo entre ele e o conselho nas últimas semanas. O diretor independente sênior Henri de Castrie observou que o sucesso da empresa sempre dependia de um forte alinhamento entre acionistas, gestão e o CEO, o que já não é mais o caso.
Tavares estava originalmente programado para deixar seu cargo em 2026, mas os desentendimentos crescentes aceleraram sua saída. John Elkann expressou gratidão pelas significativas contribuições de Tavares para a formação da Stellantis e sua liderança na recuperação da PSA e da Opel.
A Bloomberg relata que os fracos resultados financeiros, particularmente na América do Norte, onde a Stellantis viu uma queda de 47% nas vendas no terceiro trimestre, também podem ter desempenhado um papel na saída do CEO.